A
fisiologia vegetal é a área da botânica que trata do funcionamento das
plantas. A explicação dos processos fundamentais das plantas como a
fotossíntese, a nutrição, a respiração, a função dos hormônios, o tropismo,
nastismo, o fotoperiodismo, a foto morfogênese, os ritmos circadianos, o
estresse ambiental, a germinação das sementes, a transpiração e as relações da
água da planta são estudados na fisiologia vegetal.
A) Fotossíntese:
A fotossíntese é um processo pelo qual
a planta e outros organismos, como algas e cianobactérias, convertem a energia
solar em energia
química e utilizam-na para a produção de moléculas
orgânicas. Através deste fenômeno, a planta produz então seu
próprio alimento constituído essencialmente por glicose e libera o oxigênio.
A fotossíntese é realizada em duas fases: a fase clara e a
fase escura. A fase clara ocorre dentro dos cloroplastos, nos tilacoides. Já a
fase escura ocorre no estroma dos cloroplastos.
B) Transporte de Seiva Bruta:
Ao absorver sais do solo por
transporte ativo, a raiz fica hipertônica e a água entra nas células por
osmose. Essa entrada de água com os sais gera a pressão de raiz, que empurra a
seiva para cima pelos vasos lenhosos. Mas, em árvores altas, essa pressão não é
forte o suficiente para levar água até o topo. Além disso, muitos vegetais não
desenvolvem uma pressão de raiz significativa. Hoje sabemos que o fator mais
importante nessa subida é a transpiração que ocorre nas folhas.
Essa teoria recebeu o nome de teoria da
transpiração-tensão-coesão ou teoria de Dixon.
C) Transporte de Seiva Elaborada:
A matéria orgânica
produzida nas folhas (fonte produtora) deve ser
distribuída para as partes da planta que não fazem fotossíntese (fonte
consumidora: raiz, caule, flores e frutos). O transporte da seiva elaborada é
realizado pelo floema.
A entrada de sacarose e de
água no vaso da folha aumenta o volume de seiva dentro do vaso e a pressão da
água. Observe que se trata da pressão de um líquido em um vaso, ou seja, de uma pressão hidrostática, e
não de uma pressão osmótica.
Na outra extremidade do floema, onde está o órgão consumidor (um
fruto ou uma raiz, por exemplo), o fluxo se faz no sentido contrário: as
células-companheiras bombeiam a sacarose do vaso liberiano para as células do
órgão consumidor. Com a saída da sacarose, a pressão osmótica da célula do vaso
diminui e ela perde água para o órgão consumidor. Em consequência, a pressão
hidrostática nessa região diminui. Assim, a seiva move-se da região onde a
pressão hidrostática é mais alta para onde é menor.
Essa teoria para o movimento da seiva elaborada é conhecida como teoria do fluxo de pressão.
Os vasos liberianos estão situados mais próximos à superfície do
caule, na parte interna da casca. Se fizermos um corte em anel na casca
(processo conhecido como cintamento),
o floema e a parte abaixo do corte deixam de receber seiva elaborada, o que
provocará a morte de suas células (e da planta) por falta de nutrientes.
Realizada pelo biólogo italiano Marcelo Malpighi, em meados do século XVII,
essa experiência demonstra o papel do floema no transporte de seiva orgânica.
Em homenagem ao cientista, a experiência foi chamada de anel de Malpighi.
D) Transpiração:
A transpiração ocorre em qualquer
parte da planta que esteja acima do solo, entretanto, a maior parte da
transpiração acontece nas folhas. A maior perda de água ocorre
pelos estômatos, pequenas aberturas circundadas por
células-guarda situadas na epiderme. Uma pequena parte de água é também perdida
pela cutícula e pelas lenticelas.
A transpiração estomática
ocorre em duas etapas:
1. Evaporação da água que
está presente na superfície da parede celular das células que circundam os
espaços intercelulares das folhas;
2. Vapor de água difunde-se
para a atmosfera pelos estômatos.
Percebe-se,
portanto, que a
abertura e o fechamento estomático estão diretamente relacionados com o
processo de transpiração. Quando o estômato fecha-se,
ocorre a diminuição da perda de água pelas folhas, entretanto, ao se fechar, o
estômato impede a entrada do gás carbônico, o qual é fundamental para a
realização da fotossíntese. Para resolver essa questão, algumas plantas
realizam suas trocas gasosas durante a noite.
Alguns
fatores afetam a taxa de transpiração, além dos estômatos, como:
·
Temperatura: O aumento da temperatura aumenta a
taxa de transpiração;
·
Umidade: A umidade causa uma diminuição
da taxa de transpiração;
Seu blog é maravilhoso Virgínia, parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigada Hellen!!!!
Excluir