Através de
procedimentos histológicos, foi desenvolvida em 1889, pelo microbiologista Hans
Chistian Gram, uma técnica empregada em análise patológica para a identificação
das bactérias.
Por aplicação da
técnica, tendo como resultado a diferenciação no aspecto pigmentar, estes
microorganismos causadores de doenças passaram a ser identificados em dois
grupos básicos: as bactérias Gram-positivas e as bactérias Gram-negativas.
Para efetuar a distinção
por esta metodologia, as culturas bacteriológicas são submetidas a um
tratamento com corante de coloração violeta (violeta de genciana).
Tendo em vista a
estruturação citológica das bactérias, isto é, de suas células, as bactérias
podem apresentar características estruturais incomuns de acordo com a espécie.
Algumas possuem além da membrana plasmática e a parede celular (formadas por
elementos peptidoglicanos que integram a parede celular), uma terceira camada
lipoprotéica de revestimento, de considerável espessura, contendo
lipopolissacarídeos.
Tal diversidade
bacteriana, quando aplicado à técnica, resulta em dois padrões de coloração:
- As bactérias que
não possuem a camada com lipídios associados a polissacarídeos são coradas com
violeta de genciana, que impregna a camada peptidoglicana. Estas bactérias, por
assimilação ao corante, são classificadas como Gram-positivas;
- Já as bactérias que
em sua morfologia apresentam as três camadas, não são coradas pelo corante,
devido a não afinidade entre a pigmentação e a camada de lipopolissacarídeos,
que também impede a fixação do corante com a camada de peptidoglicana
subjacente. Portanto, essas bactérias são classificadas como Gram-negativas.
Este critério de
identificação auxilia, por exemplo, o tratamento a estes agentes etiológicos
(as bactérias), visto que as Gram-negativas são mais tolerantes e as
Gram-positivas são mais sensíveis a antibióticos (penicilina).
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