As algas são
organismos compostos por uma ou mais células. Os organismos unicelulares podem
também viver em conjunto, que chamamos colônias.
Geralmente estudadas em
Botânica, as algas não são plantas. Sua classificação não possui valor
taxonômico, e é polêmica, mas atualmente é aceito que elas se encontrem no
reino Protoctista.
A denominação
"alga" diz respeito a organismos fotossintetinzantes (possuem
clorofila) estruturalmente mais simples que as plantas terrestres: não
possuem folhas, caule, raízes, flores frutos, sementes, vasos condutores e
tecidos organizados. Possuem parede celular, de celulose, muitas vezes composta
por sílica e pectina também.
Podem habitar ambientes
aquáticos e úmidos. Na água, constituem o fitoplâncton, conjunto de organismos
flutuantes da superfície aquática. Dessa maneira, são extremamente importantes
como base das cadeias alimentares nesse ambiente, sendo indispensáveis para a
manutenção da vida.
Outra grande importância
das algas é produção de oxigênio atmosférico, sendo responsáveis por cerca de
90% do O2 liberado.
Reprodução das algas
- Reprodução
assexuada
As algas podem se reproduzir
assexuadamente por divisão binária ou zoosporia. A divisão binária é comum
em algas unicelulares e acontece através de uma mitose que dá origem a duas
células iguais.
Já na zoosporia, cada zoosporo que se
dispersa pelo meio pode dar origem a uma nova alga, é uma reprodução mais comum
em algas pluricelulares.
- Reprodução
sexuada
A reprodução sexuada requer união de
gametas de indivíduos diferentes. A produção de gametas ocorre em muitas algas
aquáticas e os gametas masculino e femininos podem ser de três tipos:
- Isogamia:
nesse caso o feminino e o masculino não podem ser diferenciados.
- Heterogamia:
gametas diferentes, móveis e flagelados, com o masculino bem menor que o
feminino.
- Oogamia:
gameta masculino é pequeno e móvel, enquanto o feminino é grande e imóvel.
A principal forma de reprodução
sexuada é a conjugação. Ocorre o pareamento de dois indivíduos que passam um
pro outro células inteiras. Essas células são haploides e após a fusão originam
zigotos diploides que se dividem por meiose formando duas novas células. Cada
célula formada pode originar um novo filamento haploide, como ocorre a meiose,
esse tipo de reprodução contribui para a variabilidade genética.
Principais grupos:
Algas
verdes ou clorofíceas: possuem quase 20 mil espécies conhecidas que podem ser
unicelulares, coloniais ou pluricelulares. Têm clorofila a e b,
além de carotenoides, também armazenam amido nos cloroplastos. Elas podem ou
não ter parede celular celulósica. Vivem tanto na água doce como salgada, podem
fazer associação com fungos formando os líquens e
viver em árvores e até na neve.
Algas pardas ou feofíceas: possuem, aproximadamente, 1.500 espécies descritas. São as
maiores algas conhecidas, têm clorofila a e c, e também fucoxantina, faz reserva de um carboidrato chamado
laminarina e são marinhas. Tem parede celular celulósica com algina em forma de
mucilagem.
Algas vermelhas ou
rodofíceas: tem em média 6 mil representantes conhecidos. É uma das
algas mais populares pois um dos seus representantes, a alga nori, é amplamente
utilizada na culinária japonesa. Possui clorofila a e ficobilinas
armazenadas nos cloroplastos. Reserva amido no citoplasma e tem parede celular
celulósica embebida em ágar, carragenina ou calcário.
Diatomáceas ou bacilariofíceas: mais de 100 mil espécies
conhecidas, são os principais componentes do fitoplâncton e podem viver tanto
no mar, quanto na água doce. Possuem clorofila a e c,
carotenoides, parede celular não celulósica, porém impregnadas de sílica.
Dinoflagelados ou dinofíceas: possui entre 2 e 4 mil espécies, a clorofila pode estar
ausente em muitas espécies, parede celular com placas de celulose. Elas são
unicelulares com dois flagelos e algumas podem emitir luz. A maioria é marinha
e nos recifes de corais se associam aos pólipos.
Euglenas ou euglenofíceas: possui menos de mil espécies, tem clorofila a e b, não tem
parede celular, são unicelulares e a membrana celular é revestida por uma
película proteica. Maioria das espécies é de água doce, heterótrofas e se
alimentam de partículas orgânicas.
Maré Vermelha:
A poluição orgânica nos mares pode causar a intensa proliferação de
algas fitoplânctas do filo das dinofíceas. Essas algas liberam um pigmento
tóxico avermelhado causando um fenômeno conhecido como maré vermelha.
Essa toxina pode causar a morte de peixes , crustáceos e moluscos,
prejudicando o equilíbrio ambiental e também a saúde humana quando esses
animais são consumidos. No Brasil esse fenômeno é freqüente.
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