Aula prática: Extração de DNA, montagem de cariótipo humano e observação de cromossomos.




O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um dos ácidos nucleicos que constituem o material genético da maioria dos seres vivos. O DNA é formado por nucleotídeos, e cada nucleotídeo é formado por uma molécula de desoxirribose, uma molécula de fosfato e uma base nitrogenada que pode ser púrica ou pirimídica. As bases púricas encontradas no DNA são adenina e guanina; e as bases pirimídicas são citosina e timina, sendo que a adenina liga-se à timina e a guanina liga-se à citosina através de pontes de hidrogênio.

Objetivo:
Esta atividade teve como objetivo, extrair o DNA das células da banana , para visualização do material genético, promovendo assim a descoberta da localização do mesmo. Além da aplicação de conhecimentos sobre estrutura da membrana celular.


Material e Métodos:
      Com o auxílio de dois copos ou béqueres, amassar duas bananas, pode-se utilizar para isso um almofariz e pistilo, ou outro recipiente que sirva para o mesmo, misturando junto 3 gramas de sal de cozinha ( NaCl) ,10 ml de detergente de cozinha e mais 10 ml de água destilada.
     Após aquecer a mistura em banho-maria por 15 minutos, utilizando para isso um fogão ou outra fonte de fogo, como bico de bussen ou lamparina mantendo um cuidado ao manusear o mesmo. Utilizando um termômetro meça a temperatura da água para que ela não aqueça demais. Em um funil colocar 2 gazes na parte larga para filtrar, formando  uma espécie de peneira. Utilizando cubos de gelo forrar uma bandeja e colocar uma proveta entre os cubos, encaixe o funil na boca da proveta. Agora despejar o conteúdo da mistura no funil com gaze até filtrar.
     Dividir o conteúdo filtrado  em tubos de ensaio e adicione 10 ml de álcool também previamente resfriado. Após observe as partes formadas e com um pegador em forma de gancho ou um palito,  insira dentro do tubo e puxe para cima lentamente.

Conclusão/ Resultados:
   Nos tubos de ensaio pode-se observar duas fases após o adicionamento do álcool resfriado, na parte inferior formou-se uma  fase aquosa e na parte superior a fase alcoólica (sobrenadante).
  A trituração foi realizada para romper as paredes celulares e as membranas celulares, liberando o conteúdo celular. A filtração permitiu separar as paredes celulares e as membranas citoplasmáticas do restante do conteúdo celular.
  O detergente dissolve as membranas lipídicas alem de desintegrar os núcleos e os cromossomos das células da banana, liberando o DNA. Com a ruptura das membranas, o conteúdo celular, incluindo o DNA e proteínas, se soltam e se dispersam na solução. Um dos componentes do detergente, o lalril sulfato de sódio, desnatura as proteínas, separando-as do DNA cromossômico.
   A adição de sal, no inicio da prática, proporcionou  ao DNA um ambiente favorável. O sal contribuiu com íons positivos Na+ que neutralizaram a carga negativa do DNA, precipitando-o na solução aquosa.
  O álcool gelado, além de proporcionar uma mistura heterogênea (duas fase) em ambiente salino, faz com que as moléculas de DNA se aglutinem não se dissolva no álcool, na concentração e na temperatura que se usou nesta prática. Pelo fato do DNA ser menos denso que a água e a mistura aquosa  dos restos celulares, ele se localiza na interface da fase alcoólica e aquosa.
    Apesar de o DNA ser a maior molécula da célula a sua estrutura não pode ser observada a olho nu, devido ao seu tamanho microscópico. Tal como não podemos observar a maior parte das células a olho nu, mas podemos observar um organismo constituído por milhões  de células, também não podemos observar uma moléculas de DNA mas podemos observar como verificamos na pratica , milhões de cadeias de DNA aglomerados.  











Virgínia Samôr

Bacharel, licenciada e pós graduada em Ciências Biológicas pela UFV e possui Mestrado Profissional em Ensino de Biologia pela UFJF.

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