Microscópio

 


A invenção do microscópio mudou completamente a maneira do homem ver o mundo. A microscopia possibilitou a observação e exploração de diversas áreas até então desconhecidas, revolucionando o conhecimento científico.

O que até então era invisível a olho nu passou a ser analisado através das lentes do microscópio. 

A palavra microscópio tem sua origem nos termos mikrós (do grego, pequeno) e scoppéoo (do grego observar, ver através).



Microscópio óptico ou de luz: Os microscópios ópticos inventados há mais de 400 anos pelos holandeses Janssen são, até hoje, os mais utilizados para estudos celulares. São compostos por dois tipos de lentes: as oculares (comumente possuem um aumento de 10x) e as lentes objetivas, geralmente um jogo contendo quatro lentes (que comumente possuem 4x, 10x, 40x e 100x de aumento).
Para termos o aumento total de um microscópio devemos multiplicar a potência das oculares pela das objetivas. Atualmente há microscópios ópticos que podem atingir um aumento de até 1500 vezes. Para que possamos visualizar um objeto através do microscópio óptico, é necessário que um feixe de luz atravesse o material e atinja a lente. Sendo assim, os objetos vistos através do microscópio óptico devem ser extremamente finos.

Microscópio eletrônico de transmissão (MET): O microscópio eletrônico de transmissão foi inventado em 1931 pelo alemão Ernest Ruska. Este instrumento utiliza um feixe de elétrons para atravessar o material e obter a visão de “cortes” superfinos. Após atravessar o material, alguns feixes são refletidos e capturados por lentes eletromagnéticas que produzirão uma imagem ampliada de até 500 mil vezes. A desvantagem deste microscópio em relação ao microscópio óptico é que não é possível visualizar células vivas e as imagens obtidas são em preto e branco. 




Curiosidades:

Em 1665, Robert Rooke, que era físico e aperfeiçoara um microscópio, descobriu as células, quando observava um fragmento delgado de cortiça (tecido de proteção de plantas e acha-se constituído por células mortas, em cujas membranas se deposita uma grande quantidade de suberina).


Outros tipos de Microscópio:

Microscópio eletrônico de varredura 

O microscópio eletrônico de varredura é conhecido pela siglas MEV (em portugês) ou SEM (em inglês). A partir do feixe de elétrons, ele escaneia a amostra de análise e produz uma imagem tridimensional, com ampliação de até 100 mil vezes. 

A representação possibilita que sejam visualizadas a estrutura, a textura e as propriedades químicas da parte de fora — a parte exterior da célula.


Microscópio de contraste de fase

O microscópio de contraste de fase possibilita que o profissional diferencie organismos transparentes ou sem coloração em uma amostra. Como eles não possuem cor, a nuance é que auxilia na distinção.

As diferenças de densidade tornam-se visíveis via contraste, que aparenta estar em relevo (parece um 3D). Tecidos e células também podem ser vistos com esse equipamento.

Microscópio de fluorescência

O de fluorescência também utiliza uma fonte de luz ultravioleta para iluminar a amostra. Nesse caso, ele aproveita a capacidade autofluorescente de certas moléculas em contato com o feixe.

O aparelho consegue visualizar moléculas de vitamina A, além de detectar antígenos e anticorpos.



Virgínia Samôr

Bacharel, licenciada e pós graduada em Ciências Biológicas pela UFV e possui Mestrado Profissional em Ensino de Biologia pela UFJF.

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