Dia Mundial da Água




Celebrado no dia 22 de março, o Dia Mundial da Água é uma data importante para relembrar a importância desse recurso para a manutenção do ecossistema e da vida (humana, das plantas e dos animais), bem como resgatar a pauta de conscientização e boas práticas de preservação. 

 A data foi sugerida na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, e passou a ser comemorada em 1993. 


Ciclo hidrológico:

O ciclo da água não tem um ponto inicial, mas um bom lugar para começar são os oceanos. O Sol, que aciona o ciclo da água, aquece a água, que evapora para o ar. As correntes de ar que se elevam na atmosfera, levam o vapor para cima na atmosfera junto com a água da evapotranspiração que é a água que transpirou das plantas e a evaporada da terra. O vapor sobe no ar onde temperaturas mais baixas fazem com que ele se condense em nuvens.

As correntes de ar movem as nuvens ao redor do globo, e as partículas de água colidem e caem do céu como precipitação ou chuva. Alguma precipitação cai como neve e pode se acumular como camadas de gelo e geleiras. A neve nos climas mais quentes freqüentemente se derrete quando chega a primavera e a água derretida escorre sobre a terra como uma corrente de neve derretida. Parte da neve e do gelo se sublima diretamente em vapor, pulando a fase de fusão completamente. A maior parte da precipitação cai de volta nos oceanos e na terra, onde, devido à gravidade, a precipitação flui sobre o terreno como corrente de superfície.

Parte da corrente entra nos rios, com o fluxo dos rios correndo para o mar. A corrente de superfície e a água do lençol vazando da terra se acumula como água doce em lagos e rios. Entretanto nem toda a corrente flui para os rios. Muito dela infiltra-se nas profundezas do solo e reenche os aqüíferos (rocha saturada da sub-superfície), que armazena enormes quantidades de água doce por longos períodos de tempo.

Alguma infiltração permanece próxima à superfície da terra e pode vazar de volta em corpos de água da superfície (e do oceano) como descarga da água do lençol subterrâneo, e alguma água do lençol acha aberturas e emerge como fontes de água doce. No tempo, então, esta água continua a movimentar-se, alguma reentra nos oceanos onde o ciclo da água "termina" e... recomeça.


Crise hídrica:

É cada vez maior o numero de países ao redor do mundo que sofrem com a escassez de água potável. Diante da falta desse recurso, diversas estratégias foram criadas para enfrentar a crise e abastecer a população. Veja a seguir algumas delas:


Dentre as estratégias para enfrentar a crise de água, destacam-se a dessalinização da água do mar, a transposição de rios, a água de reúso e a conscientização da população.

Tratar águas residuárias pode ajudar no abastecimento da população.

É cada vez maior o numero de países ao redor do mundo que sofrem com a escassez de água potável. Diante da falta desse recurso, diversas estratégias foram criadas para enfrentar a crise e abastecer a população. Veja a seguir algumas delas:


A água salgada representa cerca de 97,5% de todo o total de água existente no planeta. Todavia, em virtude da alta salinidade, ela não pode ser usada para consumo humano. Ao perceber o quanto esse recurso estava sendo desperdiçado, surgiu a ideia de dessalinizar a água do mar, tornando-a potável.



A dessalinização da água do mar já é uma alternativa utilizada em alguns lugares do mundo, como na Austrália e na Europa. Dentre as técnicas disponíveis para a dessalinização, destacam-se a osmose inversa, destilação multiestágios, dessalinização térmica e congelamento. Vale destacar, no entanto, que a dessalinização não é uma alternativa barata, principalmente por necessitar de grande quantidade de energia. Diante do alto custo, ela só é indicada em locais onde fontes de água doce são realmente escassas.


Outra estratégia que pode ajudar na escassez de água é a transposição de rios. Essa técnica permite que a água seja levada de um local para outro por meio de canais que desviam o curso dos rios. Apesar da transposição parecer uma estratégia simples, ela apresenta diversos problemas no que diz respeito aos impactos ambientais.


O uso de águas subterrâneas pode também ser uma alternativa para o abastecimento de cidades que passam por falta de água. Porém, é necessário que a qualidade das águas dos aquíferos e como a exploração pode ser feita de maneira sustentável sejam avaliados para não haver riscos de esgotamento.


Apesar da existência de várias técnicas, a melhor forma de evitar o agravamento da crise hídrica no Brasil e no mundo é realizar programas que visem à conscientização da população e à proteção dos corpos d'água. Proteger as nascentes, diminuir o desmatamento e evitar que os rios sejam poluídos garantem, de maneira mais eficaz, a disponibilidade de água para toda a população.







Virgínia Samôr

Bacharel, licenciada e pós graduada em Ciências Biológicas pela UFV.

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