Reino Protista é caracterizado por ser um grupo de diversos
organismos eucariontes, que possuem características próprias e são
polifiléticos, sendo representados por protozoários e algas. Os indivíduos do Reino Protista são eucariontes,
pois possuem carioteca (envoltório nuclear), que separa
o DNA do
restante celular, e também demais organelas que compartimentaliza o interior
celular. Podem ser uni ou pluricelulares e autótrofos ou heterótrofos.
Os protozoários e algas faziam parte de outros reinos como o Reino Animal e o Reino Vegetal, respectivamente. Entretanto, esses organismos
são incapazes de formarem tecido verdadeiro. A partir disso, houve a
necessidade de se criar um reino próprio para que as características fossem
estudadas de forma separadas.
Protozoários:
Uma
característica das células dos protozoários é a presença de vacúolos com
funções específicas. Além dos vacúolos de armazenamento, também encontrados em
células vegetais, os protistas possuem vacúolos chamados de pulsáteis ou
contráteis, que estão relacionados a entrada e saída de água e controle
osmótico.
Os
protozoários de água doce, por exemplo, possuem uma concentração salina maior
do que a presente no meio em que ele se encontra. Dessa forma, o excesso de
água absorvido por osmose é eliminado pelos vacúolos pulsáteis ou contráteis.
Essas estruturas recebem água aumentando seu volume e, então, se contraem
expelindo toda a água armazenada para o meio externo.
Os
protozoários podem apresentar reprodução assexuada, por bipartição
ou cissiparidade - em que o material genético é duplicado e separado
para pólos opostos da célula, que é então dividida gerando dois indivíduos
idênticos.
A
reprodução sexuada dos protozoários é também chamada de conjugação.
É semelhante à conjugação dos procariontes, em que dois indivíduos próximos
podem trocar material genético. No caso dos protozoários, esse
material genético está na forma de micronúcleos, e não na forma de
plasmídeo. Desse modo, são gerados indivíduos diferentes em material genético.
A
classificação geral dos protozoários leva em conta a capacidade e o
modo de locomoção que esses indivíduos apresentam. Dessa forma, os
protistas podem ser divididos em quatro grupos:
- Ciliados: indivíduos que se locomovem por meio de
filamentos curtos da sua membrana, chamados de cílios. Um
exemplo de protozoário ciliado é os do gênero Paramecium, que habitam, frequentemente, as poças de água
suja.
·
Esporozoários: protozoários que não possuem estruturas especializadas
em locomoção e são parasitas de
outros animais. A reprodução desses indivíduos ocorre por produção de esporos. Exemplos
de esporozoário são os plasmódios causadores da malária.
· Flagelados ou Mastigóforos: apresentam flagelos, espécie de
cauda ou chicote que permite a movimentação em meio aquoso. Alguns protozoários
também utilizam seus flagelos para capturar moléculas de alimento. Um exemplo
de protozoário flagelado é o Trypanosoma
cruzi, protozoário responsável pela Doença de Chagas.
· Rizópodes ou Sarcodíneos: protozoários
que se locomovem através de pseudópodes (projeção
da membrana que forma braços). O principal representante desse grupo são as
amebas, que também utilizam esse pseudópodes para sua alimentação.
Algas
As algas são organismos fotossintetizantes compostos por uma ou mais
células. Os organismos unicelulares podem também viver em conjunto, que
chamamos colônias.
Podem habitar ambientes aquáticos e úmidos. Na água, constituem o fitoplâncton, conjunto de organismos flutuantes da superfície aquática. Dessa maneira, são extremamente importantes como base das cadeias alimentares nesse ambiente, sendo indispensáveis para a manutenção da vida. Outra grande importância das algas é produção de oxigênio atmosférico, sendo responsáveis por cerca de 90% do O2 liberado.
Os
diversos grupos de algas podem se reproduzir de diferentes formas. Conhecer
essas diferentes formas de reprodução é importante para análise de situações
que envolvam a aplicação de conhecimentos sobre a importância ecológica e
econômica das algas.
Tais organismos reproduzem-se por divisão binária, no caso
das espécies unicelulares; fragmentação; zoosporia, que consiste na formação de
células flageladas (zoósporos) que, ao se fixarem ao substrato, formam uma nova
alga; e por reprodução sexuada. Pode também ocorrer alternância de gerações em algumas
espécies. em que a fase haploide (n), o gametófito, produtora de gametas,
alterna-se com a fase diploide (2n), o esporófito, produtora de esporos. Nesse
tipo de reprodução, os gametófitos produzem esporófitos, que, por sua vez,
originam outros gametófitos; dessa forma, as fases são interdependentes.
Principais grupos:
Algas verdes ou clorofíceas:
possuem quase 20 mil espécies conhecidas que podem ser unicelulares, coloniais
ou pluricelulares. Têm clorofila a e b, além de carotenoides,
também armazenam amido nos cloroplastos. Elas podem ou não ter parede celular
celulósica. Vivem tanto na água doce como salgada, podem fazer associação com
fungos formando os líquens e viver
em árvores e até na neve.
Algas pardas ou feofíceas: possuem,
aproximadamente, 1.500 espécies descritas. São as maiores algas conhecidas, têm
clorofila a e c, e também fucoxantina,
faz reserva de um carboidrato chamado laminarina e são marinhas. Tem parede
celular celulósica com algina em forma de mucilagem.
Algas vermelhas ou rodofíceas: tem em média 6 mil
representantes conhecidos. É uma das algas mais populares pois um dos seus
representantes, a alga nori, é amplamente utilizada na culinária japonesa. Possui
clorofila a e
ficobilinas armazenadas nos cloroplastos. Reserva amido no citoplasma e tem
parede celular celulósica embebida em ágar, carragenina ou calcário.
Diatomáceas ou bacilariofíceas:
mais de 100 mil espécies conhecidas, são os principais componentes do
fitoplâncton e podem viver tanto no mar, quanto na água doce. Possuem
clorofila a e c, carotenoides, parede
celular não celulósica, porém impregnadas de sílica.
Dinoflagelados ou dinofíceas: possui entre 2 e 4
mil espécies, a clorofila pode estar ausente em muitas espécies, parede celular
com placas de celulose. Elas são unicelulares com dois flagelos e algumas podem
emitir luz. A maioria é marinha e nos recifes de corais se associam aos pólipos.
Euglenas ou euglenofíceas: possui menos de mil
espécies, tem clorofila a e b, não tem parede celular, são unicelulares e a
membrana celular é revestida por uma película proteica. Maioria das espécies é
de água doce, heterótrofas e se alimentam de partículas orgânicas.
Maré Vermelha:
A poluição orgânica nos mares pode causar a intensa
proliferação de algas fitoplânctas do filo das dinofíceas. Essas algas liberam
um pigmento tóxico avermelhado causando um fenômeno conhecido como maré vermelha.
Essa toxina pode causar a morte de peixes , crustáceos e
moluscos, prejudicando o equilíbrio ambiental e também a saúde humana quando
esses animais são consumidos. No Brasil esse fenômeno é freqüente.
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