Histórico:
O primeiro
caso de identificação criminal através de exames de DNA ocorreu em 1985, na
Inglaterra. Num pequeno condado, rodeado de montanhas e com uma única estrada
de acesso, uma mulher foi estuprada e assassinada. “Lá havia um geneticista, Alec
Jeffreys, que colheu o esperma encontrado na vítima e fez o exame de DNA. Mais tarde
houve outro crime similar. Novamente Jeffreys analisou o sêmen encontrado na vítima.
Era do mesmo homem que cometera o primeiro crime”, conta José Maria Marlet, professor
de medicina legal da USP.
As
autoridades locais forjaram uma campanha de doação de sangue cuja finalidade
era identificar o agressor. Todos os habitantes foram doar sangue, mas nenhum
deles possuía DNA igual ao do estuprador. “A polícia prosseguiu com as
investigações e descobriu que havia um viajante no condado. Quando o sujeito
voltou, foi convidado a doar sangue. Feito o teste de DNA no sangue colhido,
Jeffreys concluiu que o código genético do viajante era o mesmo do estuprador”,
conta Marlet. Fonte: Folha de S. Paulo, 28/05/95.
Metodologia:
As técnicas
da Engenharia Genética permitem identificar pessoas pela análise de suas moléculas
de DNA (ácido desoxirribonucleico), a substância que constitui os genes. Com
exceção dos gêmeos univitelinos, cada pessoa possui um conjunto de genes e,
portanto, de moléculas de DNA, único e particular. O processo mais simples para
caracterizar o DNA consiste em cortar as moléculas dessa substância com o auxílio
de “tesouras moleculares”, as chamadas enzimas de restrição, analisando em
seguida o tamanho dos fragmentos que se formaram. Uma enzima de restrição corta
a molécula de DNA em pontos específicos, somente onde ocorre determinada sequência
de bases nitrogenadas. Como cada pessoa tem sequências típicas de bases
nitrogenadas, o número e o tamanho dos fragmentos obtidos pelo corte enzimático
acabam por caracterizar seu DNA.
O
tamanho dos “fragmentos de restrição”, como são chamados os fragmentos obtidos
após o corte enzimático, é determinado através da técnica de eletroforese. A mistura
de fragmentos de DNA á aplicada em uma camada de gelatina (gel) e submetida a
um campo elétrico. Nessas condições, os fragmentos se movem em velocidades proporcionais
ao seu tamanho, os menores mais rapidamente que os maiores. Quando o campo elétrico
é desligado, fragmentos de mesmo tamanho estacionam juntos em determinada posição
do gel, formando uma faixa. O padrão de faixas que surge é característico para
cada pessoa, e corresponde à sua “impressão digital” genética.
Atividade: Futuro CSI' s- Desvendando crimes e descobrindo paternidade
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