Atualmente, os hormônios vegetais são classificados em 5 grupos:
auxina, giberelina, citocinina, ácido abscísico e etileno. O estudo da
ação dos hormônios tem permitido seu uso para aumentar a produtividade, a
variedade e o tempo de conservação de alguns produtos vegetais,
principalmente frutas e, assim, tem contribuído para minimizar custos e
baratear preços ao consumidor final.
Auxina
Foi
um dos primeiros hormônios a serem estudados. Promove o crescimento
pelo alongamento celular. É produzida nas extremidades do caule, folhas
jovens e em sementes em desenvolvimento. Plantas estimuladas com auxina
apresentam forte dominância apical, com poucos ramos laterais e
desenvolvimento de frutos sem sementes.
Darwin foi um dos estudiosos que observou a ação da auxina, em 1881.
Durante seu experimento, comprovou que o ápice do caule tende a crescer
em direção à luz. Mais tarde, em 1919, Páal acrescentou que quando uma
planta é iluminada apenas de um lado, as auxinas migram para o lado
menos iluminado promovendo seu crescimento, originando a curvatura
observada por Darwin.
A auxina também permite a queda de folhas, flores e frutos velhos,
uma vez que sua falta nestas estruturas ocasiona a abscisão, ou seja, a
separação da estrutura do restante da planta.
Giberelina
Hormônio vegetal que é produzido por folhas e tecidos jovens do
caule, nas sementes em germinação, nos frutos e, semelhantemente à
auxina, também atua no crescimento da planta.
As principais atribuições da giberelina estão relacionadas ao rápido
crescimento do caule, em razão da indução da divisão e alongamento
celular, que podem ser observados em determinadas variedades de plantas
as quais apresentam baixa estatura por não produzirem quantidade
significativa de giberelina.
Esse fitormônio também está presente no processo de germinação das
sementes ao estimular a degradação das substâncias nutritivas presentes
no endosperma ou cotilédone.
Citocinina
Hormônio que se caracteriza por atuar em regiões onde ocorre intensa
divisão celular. É abundante em sementes em germinação, frutos e folhas
em desenvolvimento e nas extremidades das raízes. Assim, atua como
regulador do crescimento vegetal, normalizando seu desenvolvimento.
Apresenta ação antagônica à auxina em relação ao desenvolvimento das
gemas laterais no caule da planta. Enquanto a auxina produzida pelo
ápice do caule inibe o desenvolvimento das gemas laterais, fazendo a
planta crescer para o alto; a citocinina produzida nas pontas das raízes
estimula as gemas laterais a se desenvolverem.
Outra ação interessante deste fitormônio se refere à capacidade de
promover a retenção de substâncias, como aminoácidos, dentro das
células, contribuindo, assim, para retardar seu envelhecimento. É muito
utilizado em floriculturas e no transporte de hortaliças.
Ácido Abscísico
Hormônio produzido principalmente nas folhas, na extremidade da raiz e
caule. Tem uma ação bastante diferente dos outros hormônios anteriores,
uma vez que inibe o crescimento da planta ao promover a dormência das
gemas e das sementes. Desta forma, o ácido abscísico promove o
envelhecimento de estruturas como folhas, flores e frutos, agindo
inclusive sobre os estômatos, induzindo seu fechamento.
Sua maior produção está associada a períodos em que a planta sofre com a falta de água, podendo ser inverno ou seca.
Etileno
O etileno, por ser um gás, apresenta uma grande facilidade de
distribuição pelas estruturas vegetais, agindo no amadurecimento de
frutos e na promoção da queda de folhas. É uma substância também muito
utilizada por comerciantes para promover o amadurecimento de frutos
verdes, para isso, são realizados procedimentos, como a queima de
serragem, que permitam a liberação do etileno em locais onde estão os
frutos.
Em relação à queda das folhas, em plantas que habitam regiões de
clima temperado, a produção de etileno aumenta na medida em que a
produção de auxina diminui. Isso contribui para a queda das folhas e,
consequentemente, para a minimização da perda de água pela planta neste
período adverso.
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